quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Estudo diz que obesidade não é sinônimo de doença

Os gordinhos podem levar uma vida saudável e são menos propensos a problemas cardiovasculares, afirmaram pesquisadores da Universidade de York, no Canadá, que estudaram 6.000 americanos obesos durante 16 anos e compararam seu risco de mortalidade com o de indivíduos magros.
"Nossos resultados questionam a ideia de que todos os obesos precisam perder peso", declarou Jennifer Kuk, professora na escola de York de Kinesiologia e de Ciência da Saúde, autora principal do estudo publicado na revista "Applied Physiology, Nutrition and Metabolism".
De acordo com Jennifer, tentar perder peso e fracassar pode ser pior que manter um elevado peso corporal e levar um estilo de vida saudável que inclua atividade física e dieta equilibrada com muita fruta e verdura.
O estudo revelou que as pessoas obesas com poucos ou nenhum problema físico ou psicológico e que tinham um peso maior ao entrar na idade adulta estavam mais conformes com seu peso e tentavam com menor frequência fazer uma dieta. Além disso, eram mais propensas a ser fisicamente ativas e a seguir uma dieta saudável.
Os pesquisadores utilizaram o sistema de classificação da obesidade de Edmonton (EOSS, na sigla em inglês) que, segundo afirmam, é mais confiável que o cálculo do IMC (Índice de Massa Corporal) baseado no peso e na altura, e que aquele que mede a circunferência da cintura.
O novo sistema, desenvolvido pela universidade canadense de Alberta, estabelece cinco fases da obesidade, levando em conta, além do IMC e do tamanho da cintura, parâmetros clínicos que indicam a presença de doenças frequentemente agravadas pela obesidade, como diabetes, hipertensão e problemas coronários.
Embora um índice elevado de IMC esteja relacionado com um maior risco de doenças relacionadas com a obesidade e de mortalidade, essa é uma medida indireta que não distingue entre tecido gorduroso e magro.
Segundo Jennifer, para saber se devem ou não perder peso, as pessoas deveriam consultar um médico que as avalie de acordo com os critérios do EOSS.
fonte: folha.com

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